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quarta-feira, 21 de novembro de 2012

9 atitudes que não deixam sua vida evoluir

Extraído do site Administradores.com
http://www.administradores.com.br/

Estamos na reta final de 2012 e a sensação é de que o tempo está voando. Neste momento muitas pessoas se perguntam se o ano está valendo a pena ou se está passando sem o rendimento e os resultados esperados. Muitos fatores podem determinar o sucesso ou não dos nossos projetos. Porém, existem algumas atitudes que, verdadeiramente, podem nos impedir de evoluir sem que sejam percebidas. Entenda alguma delas e como superá-las para que você consiga sair do lugar, seja na vida pessoal ou profissional.

Não ter objetivos definidos

Se você não sabe o que quer, o tempo vai passar e nada vai acontecer, mas com certeza vai estar sempre com a sensação de que fez um monte de coisas. Escolha um ou dois objetivos extremamente realistas e pé no chão, para os próximos meses, escreva-os e detalhe um plano de ação. Ter algo mesmo que não seja "o plano perfeito" é melhor do que não ter nada.

Achar que o momento certo ainda vai aparecer

O momento certo é um mito, ele não existe. As condições perfeitas nunca vão acontecer na hora que você precisa. Faça o momento certo ser o momento em que você decidir começar a sair do lugar, quem espera nunca alcança, ou nesse caso fica no mesmo lugar. É a lei da inércia.
Imagem: Thinkstock

Não planejar seu tempo

Se você deixa a vida fluir como um rio, vai acabar como um peixe, na mesa de alguém ou nadando aleatoriamente. É preciso dar um norte para a semana, para o mês, para o dia. Se você não planejada nada, as coisas simplesmente se tornam urgentes e você fica sem tempo de fazer a vida evoluir.

Não ter uma agenda eficiente

Se você anota as coisas que precisa fazer na cabeça, no post it, no caderno em qualquer lugar que tiver mais próximo, você é um forte candidato a se perder entre suas tarefas, não conseguir planejar de forma adequada e quando perceber não tem tempo para nada. Agenda eficiente é aquele que centraliza tudo que você precisa fazer, te permite planejar e está sempre presente com você.

Usar o fim de semana para procrastinar a vida

Nada contra pegar um fim de semana de preguiça e não fazer nada, mas se você faz isso com a maior parte dos seus fins de semana tem algo errado. É no fim de semana que temos a oportunidade de recuperar a energia, de colocar a leitura em dia, de fazer algum curso, de ter tempo com os amigos, de estudar algo novo, de elaborar melhor suas ideias.

Achar que alguém é responsável pela sua carreira

Não é a empresa, não é seu chefe, não são seus pais, seus amigos ou seus professores que fazem sua carreira. Você é que tem que constantemente usar seu tempo para investir em cursos, networking, eventos, estágios, etc.

Não correr riscos

Se você faz o que costuma fazer sempre, vai ter o resultado de sempre. Os medíocres são aqueles que ficam na media. Os visionários, nada mais são do que pessoas que correram o risco e deram certo. Visionários erram, mas é errando que torna os riscos mais calculáveis. Alguma coisa você precisa arriscar, pense bem, analise com cautela, veja os prós e os contras e vá em frente.

Reclamar

As coisas não dão sempre certo, a vida vai ter um monte de burradas, de erros, de traições, de mágoas, de perdas, etc. Viver é assim mesmo, se não curte isso, "pede pra sair" rsrsrs. Aprenda com os erros, faça uma análise e comece de novo. Perder seu tempo reclamando só vai piorar a situação. Enquanto você reclama, com certeza alguém já está começando a fazer a história de sucesso do amanhã.

Excesso de redes sociais

Eu gosto do Facebook, Twitter, Linkedin. Na medida certa eles fazem a diferença na vida pessoal e profissional. Agora se você está viciado nas redes e deixa de fazer coisas importantes, com certeza vai ser bem difícil de evoluir.


sábado, 13 de outubro de 2012

A mídia e seu poder de distorcer a realidade


Não sei se alguém ouviu falar, mas no mês de setembro/2012, a loja virtual Visou, teve um grande problema após um funcionário xingar uma cliente na fanpage da loja no Facebook. O caso foi parar até em um dos blogs do Estadão, e rapidamente se espalhou pelas redes sociais. O link a seguir mostra em detalhes o que aconteceu, inclusive com supostos "prints" da conversa entre membros da loja e a cliente.


Na última quinta feira, quando eu estava checando e-mails, me deparei com uma manchete que falava sobre a recuperação da empresa após o ocorrido, e como ela se tornara mais popular após o incidente. Segue abaixo link:


Perceberam a diferença?? A segunda matéria dá a entender que o que proporcionou o aumento da popularidade da loja foi a forma desapropriada que o funcionário usou, quando, na verdade (no meu ponto de vista) foi a forma que a dona da loja usou para resolver o enorme inconveniente.

Não se sabe qual das matérias fala a verdade absoluta sobre o assunto. Mas aquele print da segunda matéria soa no mínimo estranho, depois do pedido de desculpas da Loja. 

Se uma pessoa lê apenas a primeira matéria, terá uma opinião sobre o assunto diferente de alguém que leu apenas a segunda matéria.

O que quero dizer com esse post, é que precisamos ser extremamente cautelosos e ter muito critério quando se trata de TV, rádio, internet... As vezes, nem tudo é o que parece, e uma visão crítica é indispensável.

#ficaadica!!!!!!!


terça-feira, 9 de outubro de 2012

O Horário de Verão em detalhes


Neste ano, o horário de verão começará no dia 21 de outubro de 2012, que corresponde ao terceiro domingo de mês de outubro e terminará no dia 17 de fevereiro de 2013.
Benjamin Franklin
O horário de verão foi cogitado pela primeira vez em 1784, por Benjamin Franklin, um dos homens mais influentes da história política e científica dos Estados Unidos. Partindo da observação de que, durante parte do ano, nos meses de verão, o sol nascia antes que a maioria das pessoas se levantasse, ele concluiu que, se os relógios fossem adiantados, a luz do dia poderia ser mais bem aproveitada.
Willian Willett

A idéia, na época, não chegou a sair do papel. Em 1907, na Inglaterra, um construtor chamado William Willett, membro da Sociedade Astronômica Real, deu início a uma campanha que propunha alterar os relógios no verão para reduzir o que classificava de "desperdício de luz diurna". Willett morreu em 1915, um ano antes de a Alemanha adotar sua tese e se tornar o primeiro país no mundo a implantar o horário de verão.

Já no Brasil, a história do horário de verão teve início na década de 30, pelas mãos do então presidente Getúlio Vargas: sua versão de estréia durou quase meio ano, vigorando de 3 de outubro de 1931 até 31 de março de 1932. Depois de 18 anos sem sua instituição, o horário de verão foi novamente adotado devido à queda do nível de água nos reservatórios das hidrelétricas, por volta de 1985/86. Após esse período, o horário de verão passou a ocorrer em todos os anos.


Desde 1985 o horário de verão é implantado na segunda quinzena de outubro. Em 2006, porém, ele foi adiado por três semanas, por causa do segundo turno das eleições, tendo início no dia 5 de novembro. O medo era que o horário de verão pudesse provocar problemas no sistema de funcionamento das urnas eletrônicas. Então, em 2008, um decreto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez com que o horário de verão se iniciasse no terceiro domingo de outubro e fosse até o terceiro domingo de fevereiro, e é assim até hoje.

O objetivo do horário de verão, como propôs Franklin, é aproveitar os dias mais longos do verão, com mais tempo de luz solar, para economizar energia.
Moradores de estados das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do país, além de Distrito Federal, terão que adiantar uma hora nos relógios.

Para que suas vantagens sejam percebidas, é necessário conhecer um pouco do funcionamento do setor elétrico. Entre o final da tarde e o início da noite, encontra-se o período do dia em que mais se consome energia elétrica. Neste momento é que o sistema atinge o seu pico de carga coincidente, ou seja, todos aumentam o consumo de energia no mesmo momento. Por isso essa flutuação é acompanhada pelas autoridades do setor, no caso, o Operador Nacional do Sistema (ONS), para afastar qualquer ameaça de desabastecimento aos brasileiros.
Nesse período de demanda mais acentuada entra em funcionamento o serviço de iluminação pública nas cidades, o acionamento de placas e luminosos comerciais, aumenta-se o consumo nas residências pela maior utilização dos chuveiros, somando-se a isso, a entrada de aparelhos como ar condicionado, climatizadores, e o maior acionamento de geladeiras e freezers. Ao se deslocar o horário oficial em uma hora, dilui-se a entrada desses equipamentos ao mesmo tempo. A iluminação pública, por exemplo, começa a funcionar após as 19h, no sentido inverso das atividades industriais. Com dias mais quentes, propícios a passeios e atividades físicas ao ar livre, as pessoas retardam a utilização do chuveiro, pulverizando o uso desse equipamento, que apresenta alto consumo de energia. Essas são as principais razões para a adoção do horário de verão pelo Brasil, seguindo passos de muitos outros países, principalmente na Europa e na América do Norte.

Na última edição do horário brasileiro de verão, dados reunidos pela ONS apontaram para uma redução da demanda no horário de pico da ordem de 2.555 MW - 1.840 MW no Sudeste e Centro-Oeste, 610 MW no Sul e 105 MW no Nordeste - neste ano, o Estado da Bahia passou a adotar o horário alternativo. A redução representa 4,6% da demanda máxima dos três subsistemas.
Ainda conforme o órgão regulador, a redução de energia foi de 0,5% em todos os subsistemas envolvidos, o que equivale a 8% do consumo mensal da cidade do Rio de Janeiro ou 10% do consumo mensal de Curitiba e 0,5% do consumo mensal de Feira de Santana (BA). No caso de São Paulo, houve redução de demanda de 4,5% no horário de pico - resultando em economia de 985 MW, a maior do País.  Isso representa R$ 160 milhões ao país, o que gera uma tarifa mais barata, com a diminuição nos custos da operação do sistema.
Em determinadas cidades do país o horário de verão também traz a vantagem da segurança, pois voltar para casa mais cedo pode ser mais seguro em muitos lugares, infelizmente.

Mas o Horário de Verão não traz apenas benefícios.

Nos estados brasileiros onde não vigora o horário de verão, os impactos que as pessoas sentem são na programação das emissoras de televisão e nas agências bancárias, onde o horário de funcionamento em muitos locais é antecipado em uma hora, para compatibilizar com o horário de Brasília. No entanto, algumas afiliadas ou emissoras próprias das redes de televisões (localizadas no Norte, Noroeste, Nordeste e Oeste), geralmente afiliadas às grandes Redes SBT, Record e Band, preferem atrasar a programação nacional em uma hora para garantir a programação local no horário normal. Porém, as emissoras são obrigadas a exibir as atrações classificadas para maiores de 12 e 14 anos em relação do horário de Brasília, como no caso da Rede Globo entre 2009 a 2010.

A mudança de horário impacta os sistemas críticos de informática em uso nas empresas. Alguns destes sistemas precisam ser desligados e religados para que a atualização de horário não provoque problemas internos nos programas e nem efeitos indesejáveis. O mesmo acontece para a volta ao horário normal.

Outro problema sério é o término dos seguros, causando confusão por ocasião da reposição dos danos ou prejuízos. Os operários também são prejudicados. Se por um lado, a mudança de madrugada incomoda menos as pessoas, por outro lado ela atinge economicamente um grupo de pessoas que trabalha durante a noite. Ao adiantar o relógio, o operário noturno vai trabalhar uma hora menos; ao contrário, ao atrasar o relógio ele irá trabalhar uma hora a mais em sua jornada de trabalho noturno. Se for um mesmo trabalhador as horas serão compensadas, mas no caso de serem diferentes um vai levar vantagem e o outro não.

O sistema atualmente em vigor provoca dois grandes principais inconvenientes. O primeiro é a cronorruptura (isto é, o fluir do tempo é perturbado duas vezes por ano), provoca perturbações no sono, no apetite, na capacidade de trabalho, no humor, especialmente, na primavera; afeta, sobretudo as pessoas idosas, doentes e crianças. Na França, em uma pesquisa realizada pelo Senado, 19% dos médicos constataram um aumento sensível no consumo de medicamento e de tranquilizantes; a obrigação de regular a hora em numerosos equipamentos de informática, eletrodomésticos, audiovisuais, sistemas de alarme etc; problemas de adaptação observados nos hospitais, nas escolas e nas casas de repousos das pessoas idosas.

O segundo grande inconveniente e alguns dos efeitos da decalagem de uma hora sobre a hora solar: uma hora de atraso do pôr do sol causa uma persistência da claridade e do calor; a jornada de trabalho inicia e termina mais cedo nos setores de construção, e as pausas ou intervalos para as refeições ocorrem no período de calor mais intenso – o retorno ao trabalho às 13h corresponde ao meio-dia solar; no domínio agrícola as reclamações são mais intensas, pois o avanço no horário de verão impede o início dos trabalhos agrícolas mais cedo pela manhã, quando o sol é muito mais fraco, em consequência o trabalho é efetuado no momento mais quente do dia e se prolonga até o pôr do sol; sobre o ponto de vista ambiental, o auge da circulação coincide com as horas mais quentes aumentando as concentrações de ozônio e oxidação; os acidentes de circulação, evitados ao anoitecer graças às horas suplementares de claridade, serão compensados por aqueles que ocorrerão durante a obscuridade matinal e para os países frios pela presença do gelo nas estradas (verglas); as atividades culturais ocorridas nos interiores dos prédios (cinema, biblioteca, teatro etc) sofrem uma baixa de frequência. Realmente, embora o avanço da hora permita a prática de diversões durante mais tempo ao anoitecer ao ar livre, por outro lado ela provoca uma menor frequência às diversões que ocorrem em recintos fechados.

As atividades turísticas ao ar livre aproveitam a vantagem de claridade suplementar, enquanto outras são prejudicadas como, por exemplo, os fogos de artifício, os espetáculos de som e luz etc. Por outro lado os restaurantes deverão gerenciar o seu pessoal de modo a assegurar o atendimento de uma clientela mais tardia.

No Japão, o horário de verão foi introduzido depois da Segunda Guerra Mundial pelas tropas de ocupação norte-americanas, mas foi cancelado, em 1952, tendo em vista a oposição dos agricultores. Apesar dos esforços do ministro do Comércio e Indústria internacional para defender a introdução do horário de verão com objetivo de reduzir o consumo de energia, a oposição dos fazendeiros e do ministro da Educação – alegou que a maior quantidade de luz à tarde iria atrair as crianças para as recreações ao ar livre após o término das aulas, afastando-as dos seus trabalhos e deveres de casa – não se adotou a hora de verão, mantendo-se a hora legal sem correção. No Japão a educação é a preocupação nacional acima dos outros problemas.



E você, o que pensa a respeito???


Créditos: R7/Wikipedia/HowStuffWorks/Tec Hoje/CPFL Energia

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Urna Eletrônica: Progresso ou Erro?


O voto através da urna eletrônica foi implantado no Brasil em 1996 e, segundo critérios estabelecidos pelo Tribunal Superior Eleitoral, apenas os municípios com mais de 200 mil eleitores utilizaram-se dela. Em 1998 os municípios com mais de 40.500 eleitores também passaram a utilizar a urna eletrônica no processo eleitoral. Finalmente, no ano 2000, todo o território brasileiro teve suas eleições informatizadas. Atualmente diversos outros países estão utilizando a tecnologia brasileira e informatizando suas eleições.

O uso das urnas de eletrônicas gera um ganho ambiental considerável. De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), desde a implantação do sistema eletrônico de votação, em 1996, até a eleição realizada em 2006, 820,8 milhões de cidadãos votaram por meio desse sistema, o que ajudou a preservar 18.720 árvores ou uma floresta de 112 mil metros quadrados.

O uso das urnas eletrônicas durante esses últimos anos também economizou 505,44 milhões de litros de água que eram utilizados na produção do papel das cédulas, volume esse suficiente para abastecer uma cidade de 100 mil habitantes durante um mês.
Nas eleições de 2008 foram economizados 148,2 mil quilos de papel, poupando 2.965 árvores.
A urna eletrônica detém uma série de vantagens. A principal delas, sem dúvida, é impedir fraudes. Seguem abaixo algumas vantagens em utilizar a urna eletrônica.
·         Os partidos concorrentes ao pleito recebem, previamente, os programas de computador que serão utilizados, podendo, inclusive, constituir sistema próprio de fiscalização, apuração e totalização dos resultados. Outra grande vantagem é a rapidez na apuração. 95% dos votos de 126 milhões de eleitores são apurados até a meia noite do dia do pleito.

·         Os fiscais e delegados de partidos podem acompanhar o procedimento de geração do flash card de carga e do flash card de votação.

·         Às 7h30min do dia da eleição, o presidente da mesa receptora de votos emite a "zerézima" na presença dos fiscais de partidos políticos, que é um documento impresso pela urna contendo a relação de todos os concorrentes ao pleito e com zero votos para cada um, provando que não há qualquer voto registrado naquela urna.

·         O sistema eletrônico impede que o eleitor vote mais de uma vez, pois o número do título é bloqueado após a primeira votação.

·         Com o voto eletrônico acaba a subjetividade para identificar a vontade do eleitor. No processo manual são as juntas apuradoras que interpretam votos que não estão claros.

·         Ao encerrar-se a votação, cada urna expede o seu boletim de urna (BU) com todos os votos já apurados, ou seja, o resultado da eleição naquela urna é imediato.

·         O eleitor pode conferir, também pela foto, o candidato em que vota.

·         Para quem está fora do seu domicílio eleitoral no dia da eleição, basta apresentar o Requerimento de Justificativa Eleitoral em qualquer local de votação (no mesmo horário da votação) e a ausência é justificada, na própria urna eletrônica, pelo mesário.

·         Em cada tecla da urna, o eleitor encontrará a gravação do respectivo número em código internacional braile. O deficiente visual que não lê em braile poderá votar guiando-se pelo número 5, central, ressaltado no teclado através de uma pequena barra, logo abaixo do número, na própria tecla.


Segundo estudiosos da história das eleições no Brasil, a adoção do equipamento gerou um importante impacto na diminuição dos índices de votos nulos no país. Jairo Nicolau, pesquisador do Iuperj, aponta a combinação de altos índices de analfabetismo funcional com uma cédula de votação complexa como uma das responsáveis por números elevados de votos nulos em eleições anteriores à urna eletrônica. Em artigo publicado no jornal Folha de São Paulo, após a eleição de 1998, o professor destacou que "se produziu, sem muito esforço, uma revolução política no país: milhões de eleitores passaram a ter suas preferências realmente contabilizadas pelo sistema representativo. Não dá ainda para dizer com precisão a magnitude desta revolução, mas o número pode chegar facilmente a 10 milhões de eleitores. Parece pouco, mas aí cabem, somados, os eleitores que foram às urnas nas últimas eleições em Portugal, na Nova Zelândia e na Finlândia”.
Neste mesmo sentido, o professor da Universidade de Brasília, David Fleischer, destacou, em artigo em que comparava resultados das eleições municipais brasileiras de 1982 a 2000, as mudanças ocorridas nos índices de votos nulos: “As diferenças significativas estão nas duas eleições para vereador. Comparado com o pleito de 1996, em 2000 a proporção de votos válidos aumentou de 86,49% para 93,91%, enquanto os votos em branco e nulos diminuíram de 13,51% para 6,09%. Sem dúvida, este fenômeno se deve em grande parte a à utilização da urna eletrônica em todo o Brasil em 2000, enquanto esta técnica foi experimentada em apenas 51 das maiores cidades em 1996.


Mas será que esse equipamento apresenta apenas vantagens??? 

Desde a sua criação, diversos críticos tem contestado a urna eletrônica.
O debate sobre a confiabilidade das urnas eletrônicas continua acirrado nos Estados Unidos, o que parece inibir uma eleição eletrônica naquele país. De um lado, cientistas e acadêmicos da área de computação apontando a vulnerabilidade das urnas eletrônicas e, de outro, o poderio da indústria de software defendendo seus interesses.  No Brasil, parte da comunidade científica até que tentou levar o assunto ao debate público, mas a tentativa foi fracassada, uma vez que tanto o Congresso Nacional como a Justiça Eleitoral enterraram as tentativas de se debater o assunto, que visavam eliminar os riscos de fraudes. Neste sentido, as tentativas de tornar o voto eletrônico mais seguro, através de mecanismos de impressão, permitindo a de recontagem, foram eliminadas.

Quanto a segurança, já ocorreram vários testes livres e independentes bem sucedidos de invasão em urnas eletrônicas, como nos EUA, Paraguai, Holanda e Índia.
Entre 03 e 8 de agosto de 2009, a Comissão Eleitoral da Índia promoveu um teste controlado de invasão, isto é, um teste não-livre e sob regras restritivas, que resultaram em insucesso do teste.
Copiando o modelo indiano, o TSE promoveu também um teste controlado de invasão entre 10 e 13 de novembro de 2009, onde impôs uma série de restrições do que os hackers poderiam fazer, ignorando um cenário real onde um hacker pode agir utilizando engenharia social e modificação do hardware. Na ocasião, alguns hackers afirmaram que "o TSE manipula as regras do jogo, limitando os softwares que eles podem usar na tentativa de violar as urnas". O TSE, por sua vez, afirmou que "não pretende cercear nenhum investigador".
Em resposta a convites do TSE, nove equipes de possíveis hackers com um total de 38 especialistas foram inscritos, na sua maioria funcionários públicos dos quais apenas 20 compareceram, e tentaram quebrar os mecanismos de segurança das urnas eletrônicas. O teste foi realizado em Brasília, tendo ocorrido um caso de sucesso parcial e de nenhum sucesso.
Ao final do quarto dia de tentativas, o jornal O Globo publicou manchete afirmando que "Após testes no TSE, hackers dizem que urna eletrônica é totalmente segura".
Outro grande problema do voto eletrônico é seu custo, que é considerado muito elevado em relação ao voto tradicional. Para as eleições de 2010, foram encomendadas aproximadamente 165 mil urnas. Cada uma custa em torno de 1200 reais, com uma vida útil de apenas 10 anos. O TSE afirma que os equipamentos são trocados durante esse curto período apenas por prevenção de problemas diversos.

Recentemente, um representante do governo canadense foi indagado sobre a possibilidade de uma eleição eletrônica naquele país. A resposta dada foi a de que, primeiramente, seria necessário avaliar seus custos. Em seguida foi afirmado que, por questões culturais, possivelmente o povo canadense não aceitasse votar eletronicamente.
Muitos acham que os gastos em tecnologia da informação para as eleições eletrônicas no Brasil estão acontecendo sem que se tenha uma explicação adequada. A sensibilidade da Justiça Eleitoral tanto com as questões de segurança quanto com os custos do voto eletrônico precisa ser bem evidenciada, sobretudo diante das precárias condições sociais da nossa população.


E você, eleitor, o que acha????



Créditos: Wikipédia/HowStuffWorks?/Espaço Ciab 2010/José Rodrigues FIlho

terça-feira, 2 de outubro de 2012

A OBSESSÃO PELO MELHOR!


Texto enviado pelo amigo Felippe, de Leila Ferreira

Leila Ferreira é uma jornalista mineira com mestrado em Letras e doutora em comunicação em Londres, que optou por viver uma vida mais simples, em Belo Horizonte.
 
Estamos obcecados com "o melhor".
Não sei quando foi que começou essa mania, mas hoje só queremos saber do "melhor".
Tem que ser o melhor computador, o melhor carro, o melhor emprego, a melhor dieta, a melhor operadora de celular, o melhor tênis, o melhor vinho.
 
Bom não basta.
O ideal é ter o top de linha, aquele que deixa os outros pra trás e que nos distingue, nos faz sentir importantes, porque, afinal, estamos com "o melhor".
Isso até que outro "melhor" apareça e é uma questão de dias ou de horas até isso acontecer.
 
Novas marcas surgem a todo instante. Novas possibilidades também. E o que era melhor, de repente, nos parece superado, modesto, aquém do que podemos ter.
 
O que acontece, quando só queremos o melhor, é que passamos a viver inquietos, numa espécie de insatisfação permanente, num eterno desassossego.
Não desfrutamos do que temos ou conquistamos, porque estamos de olho no que falta conquistar ou ter.
 
Cada comercial na TV nos convence de que merecemos ter mais do que temos.
Cada artigo que lemos nos faz imaginar que os outros (ah, os outros...) estão vivendo melhor, comprando melhor, amando melhor, ganhando melhores salários.
Aí a gente não relaxa, porque tem que correr atrás, de preferência com o melhor tênis.
Não que a gente deva se acomodar ou se contentar sempre com menos. Mas, o menos, às vezes, é mais do que suficiente.
 
Se não dirijo a 140, preciso realmente de um carro com tanta potência?
Se gosto do que faço no meu trabalho, tenho que subir na empresa e assumir o cargo de chefia que vai me matar de estresse porque é o melhor cargo da empresa?
E aquela TV de não sei quantas polegadas que acabou com o espaço do meu quarto?
O restaurante onde sinto saudades da comida de casa e vou porque tem o "melhor chef"?
Aquele xampu que usei durante anos tem que ser aposentado porque agora existe um melhor e dez vezes mais caro?
 
O cabeleireiro do meu bairro tem mesmo que ser trocado pelo "melhor cabeleireiro"?
Tenho pensado no quanto essa busca permanente do melhor tem nos deixados ansiosos e nos impedido de desfrutar o "bom" que já temos.
A casa que é pequena, mas nos acolhe.
O emprego que não paga tão bem, mas nos enche de alegria.
A TV que está velha, mas nunca deu defeito.
O homem que tem defeitos (como nós), mas nos faz mais felizes do que os homens "perfeitos".
As férias que não vão ser na Europa, porque o dinheiro não deu, mas vai me dar à chance de estar perto de quem amo...
 
O rosto que já não é jovem, mas carrega as marcas das histórias que me constituem.
O corpo que já não é mais jovem, mas está vivo e sente prazer.
Será que a gente precisa mesmo de mais do que isso?
Ou será que isso já é o melhor e na busca do "melhor" a gente nem percebeu?
 
Sofremos demais pelo pouco que nos falta e alegramo-nos pouco pelo muito que temos.
Shakespeare

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Lição do Tempo

Para quem passa por um momento difícil, ou se sente inferior



"Quando um pássaro está vivo ele come formigas.

Quando o pássaro morre,as formigas o comem.
Tempo e circunstâncias podem mudar em qualquer minuto.
Não machuque ou desvalorize algo em sua vida.
Você pode ter poder hoje;mas lembre-se:O tempo é mais poderoso do que você!
Uma árvore faz um milhão de fósforos.
Mas é necessário apenas um fósforo para queimar milhões de árvores."


terça-feira, 25 de setembro de 2012

Panis Et Circenses

A história política de Roma se estende de 752 a.C. até 476 d.C. e está dividida em três períodos: Monarquia, República e Império. 

A coragem, a honra e a força eram virtudes admiradas pelos romanos; os espetáculos que destacavam esses atributos eram valorizados e muito populares.

Durante o Império Romano, as lutas de gladiadores, corridas e encenações, serviram para desviar a atenção da população que habitava os domínios romanos. Várias são as interpretações – além desta – para explicar o fascínio dos romanos por esses espetáculos sangrentos:
A oportunidade de poder estar "cara-a-cara" com o imperador, o castigo dos criminosos, - que servia de exemplo, a ostentação do poderio romano - através da exibição de animais e escravos trazidos de lugares distantes.


Todavia, dentre todas essas interpretações, a mais aceita é a chamada "política do pão e circo" ou (panis et circenses). Por essa política, o Estado buscava promover os espetáculos como um meio de manter os plebeus afastados da política e das questões sociais. Era, em suma, uma maneira de manipular a plebe e mantê-la distante das decisões governamentais.
Os Césares encarregavam-se ao mesmo tempo de alimentar o povo e de distraí-lo. 


Havia distribuição mensal de pães no Pórtico de Minucius, que assegurava o pão cotidiano. Os Cesares não deixavam a plebe romana bocejar nem de fome nem de aborrecimento. Os espetáculos foram a grande diversão para a desocupação dos seus súditos, e por conseqüência o seguro instrumento do seu absolutismo. Isso era um obstáculo a Revolução em uma Urbe onde as massas incluíam 150.000 homens desocupados que o auxílio da assistência pública dispensava de procurar trabalho. 


Para os espetáculos eram reservados aproximadamente 182 dias no ano. (Para um dia útil - um ou dois dias de feriado). Os espetáculos que foram se desenvolvendo, cada uma dessas férias romanas, tinha sua origem na religião. Os romanos nunca deixavam de cumprir as solenidades, porém não mais as compreendiam e os jogos foram deixando de ter um caráter sagrado e passando a saciar somente os prazeres de quem os assistia.
O público ia ao circo como a uma cerimônia, usando a toga dos grandes dias, respeitavam a etiqueta ao levantarem-se para aplaudir as estátuas das divindades que eram carregadas antes das corridas ou lutas. Seguiam um ritual de comportamento e sabiam que se não o seguissem seriam punidos. 


E nos dias atuais??? Será que existe alguma semelhança?? 

Lendo textos a respeito a primeira coisa que me vem a cabeça é a Copa e as Olimpíadas. Compensa gastar milhões em estádios enquanto há várias prioridades que são esquecidas???
Candidatos prometem festas em troca de votos... Governantes constroem obras inúteis, mas visíveis aos olhos... "Circos", quando muitos precisam de algo muito mais essencial, como educação de qualidade ou simplesmente água encanada em casa todos os dias...

É hora de pensar criticamente... E escolhermos bem nossos candidatos... Ou ao contrário, continuaremos a ser apenas a humilhada plebe de Roma...



Crédito: Blog Autoconhecimento

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Os verdadeiros valores

Li este texto de autor desconhecido e resolvi compartilhar aqui no blog, pois pra mim foi importante, confortou um pouco.


OS QUE FICAM!!

Um famoso palestrante começou um seminário numa sala com 200 pessoas,
segurando uma nota de R$ 100,00.
Ele perguntou:
"Quem de vocês quer esta nota de R$100,00?".
Todos ergueram a mão...
Então ele disse:
"Darei esta nota a um de vocês esta noite, mas primeiro deixem-me fazer isto..."
Aí, ele amassou totalmente a nota.
E perguntou outra vez:
"Quem ainda quer esta nota?"
As mãos continuavam erguidas...
E continuou:
"E se eu fizer isto... Deixou a nota cair no chão, começou a pisá-la, esfregá-la.
Depois, pegou a nota, agora já imunda e
amassada e perguntou:
E agora?
Quem ainda quer esta nota de R$100,00??
Todas as mãos voltaram a se erguer.
O palestrante voltou-se para a platéia e disse que tinha ensinado uma lição.
Não importa o que eu faça com o dinheiro, vocês continuam a querer esta nota porque ela não perde o valor.
Essa situação também acontece com a gente...
Muitas vezes em nossas vidas, somos amassados, pisoteados e ficamos nos sentindo sem importância.
Mas, não importa... jamais perderemos nosso valor.
Sujos ou limpos, amassados ou inteiros, magros ou gordos, altos ou baixos, nada disso importa!
Nada disso altera a importância que temos!
O preço de nossas vidas, não é pelo o que aparentemos ser, mas pelo que fizemos e sabemos!!!
Agora reflita bem e procure responder a estas perguntas:
1-Nomeie as 5 pessoas mais ricas do mundo.
2-Nomeie as 5 últimas vencedoras do concurso Miss Universo.
3-Nomeie 10 vencedores do prêmio Oscar, como melhores atores ou atrizes.
Como vai? Mal né? Difícil de lembrar???
Não se preocupe.
Ninguém de nós se lembra dos melhores de ontem.
Os aplausos vão-se embora!
Os troféus ficam cheios de pó!
Os vencedores são esquecidos!
Agora responda a estas perguntas:
1-Nomeie 3 professores que lhe ajudaram na sua verdadeira formação.
2-Nomeie 3 amigos que já lhe ajudaram nos momentos difíceis.
3-Pense em algumas pessoas que lhe fizeram sentir-se alguém especial.
4-Nomeie 5 pessoas com quem transcorres o seu tempo.
Como vai? Melhor não é verdade?
As pessoas que marcam a nossa vida não são as que tem as melhores credenciais, com mais dinheiro, ou os melhores prêmios...
São aquelas que se preocupam com você, que cuidam de você, aquelas que de algum modo estão com você.
Reflita um momento.
A vida é muito curta!
Você em que lista está?
Não sabe?...

Na vida o que ficam são apenas os verdadeiros valores, e nada mais.


Pense nisso !!!!!!

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Entenda o Quociente Eleitoral

A figura abaixo explica como funciona o quociente eleitoral, ou seja, qual é o peso da legenda na eleição dos candidatos.


sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Shrek: A história por trás do anime


Shrek foi inspirado em Maurice Tillet, nasceu na França em 1903. Ele era um homem muito inteligente, que falava 14 idiomas, além de ser um exímio poeta e ator. Quando chegou à juventude, Maurice começou a desenvolver uma doença rara, chamada acromegalia. Esta doença causa um crescimento exacerbado e incontrolável de partes do corpo. Em pouco tempo, todo o seu corpo se desfigurou de uma maneira muito peculiar.


Na verdade, esta “transformação” afetou profundamente os aspectos psicológicos da personalidade de Tillet, que sofreu os horrores de começar a se transformar de uma maneira grotesca, apesar de por dentro continuar sendo um cavalheiro super inteligente. Sua forma gerava tanto preconceito que Tillet começou a ser expulso dos lugares que freqüentava e onde antes era bem recebido. Não podendo lutar contra a doença, Maurice começou a adaptar-se a ela, adquirindo um rol de comportamentos mais adequados a sua grotesca aparência.


Tillet tirou proveito de seu trabalho pregresso como ator. Ele emigrou para os EUA e tornou-se um profissional da Luta livre onde adotou o nome (e comportamento teatral) do “Assustador ogro do ringue”, cuja persona (chamada “o anjo francês do ringue”) adquiriu fama imediata com as platéias.
No ano de 1954, Tillet morreu do coração, aos 51 anos. Um de seus poucos amigos, Bobby Managain, um antigo campeão da luta livre, estava no leito de morte com seu amigo no dia em que ele se foi. Antes que Tillet morresse, Bobby pediu a Tillet se poderia fazer um lifecast ( uma máscara mortuária, uma prática comum até o século XIX e que com o tempo saiu de moda, mantendo-se hoje apenas no campo dos efeitos especiais), Tillet concordou e assim, quando ele morreu, Bobby fez três cópias da cabeça de Tillet em gesso. Uma delas acabou indo parar no Museu Barbell de York.


Uma das máscaras restantes ficou no escritório de Patrick Kelly (seu amigo) e a última foi doada por ele para o Museu Internacional da Luta Livre, em Iowa. Posteriormente, uma das máscaras foi duplicada e foi parar no Museu Internacional da Ciência Cirúrgica em Chicago. Uma outra réplica da máscara mortuária de Maurice Tillet foi parar no Hall of Fame do York Barbell Building. A réplica de Tillet serviu para mostrar os primórdios das formas da luta livre moderna e do halterofilismo. Foi esta réplica que serviu de modelo para a construção de Shrek. O corpo de Shrek, bem como sua cabeça, foi criado tomando como referência as formas de Tillet.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

As Universidades Federais e as Cotas Raciais

Desde 2004 é discutida no Congresso Nacional a Lei da Reforma Universitária, que prevê a reserva de 50% das vagas nas Universidades Federais para afrodescendentes, indígenas e candidatos provenientes do ensino público.

Apesar do sistema de cotas nas Universidades Federais ainda não ter sido aprovado, algumas Universidades fazendo uso de seu direito à autonomia, tem reservado uma menor porcentagem de vagas para cotas.

Em reunião do Conselho Universitário, cada instituição decide ou não adotar um sistema próprio de cotas, e define suas regras para tal sistema.
Algumas Universidades reservam cotas considerando a questão racial, outras reservam vagas também para os candidatos carentes.

Além da grande polêmica do assunto, que envolve questões éticas, morais, sociais e econômicas, algumas Universidades tiveram problemas ao criar as normas para sua política de cotas. Sobretudo quando cabe a Instituição “julgar” a que raça o candidato pertence.

A própria opinião pública está dividida entre aqueles que são contra e aqueles que são a favor da Política de Cotas. Processos, liminares e mandatos de segurança são praticados por ambos os lados em uma briga que ultrapassa as portas dos tribunais e são expostas pela mídia.

As vagas em Universidades Públicas são as mais concorridas, não só pelo fato de serem gratuitas, mas pelo renome dessas Instituições. Em vestibulares concorridos, tem maior chance os candidatos que tiveram oportunidade de estudar em escolas de maior qualidade, que entram em caros cursinhos pré – vestibulares e que tem maior tempo para estudar. O perfil socioeconômico desses candidatos que normalmente tem maiores chances de passar no vestibular é bem diferente, portanto, dos candidatos que se beneficiam do sistema de cotas.

A livre concorrência no vestibular é a bandeira levantada por aqueles que são contra o sistema de cotas. As condições normalmente precárias das escolas públicas e o abismo entre classes sociais no Brasil são alguns dos argumentos daqueles que são a favor das cotas. Seria uma questão de justiça para esses.
Em nível ideológico, a discussão se aprofunda, sobretudo quando é discutida a questão dos candidatos afrodescendentes. Alguns defendem ser a política de cotas uma continuidade à exclusão social histórica da raça por tratá-los de forma diferenciada, uma espécie de preconceito às avessas. Outros consideram se tratar de uma justa política de inclusão a aqueles que foram e ainda são historicamente excluídos.

No Final do século passado uma equipe de pesquisadores da Universidade de Berkely, Califórnia, analisaram e compararam as informações do DNA nas mitocôndrias de milhares de pessoas de todas as regiões do mundo e de todas as cores. E o que acharam? Em 1987 publicaram na revista científica “Nature” sua descoberta fantástica: Todos os seres humanos do planeta são de uma única raça.
Desenvolvemos cores de pele e de olhos diferentes dependendo do clima onde nossos ancestrais passaram mais tempo, aprendemos línguas e costumes diferentes dependendo com que grupo e em que região vivemos, porém, dentro de nós corre o mesmo sangue vermelho, e rimos das mesmas gracinhas e choramos das mesmas tristezas.
Não há raças humanas. Somos, todos nós, uma raça só: A Raça Humana.

Portanto, o grande problema é o preconceito. Acho que todos as pessoas tem que ser tratadas com igualdade, seja branco, negro, rico pobre... Para a partir daí começarem a tomar providencias sobre o assunto. Enquanto houver preconceito ficará difícil chegar em um consenso sobre o assunto.